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Minhas impressões (MI-38/14): As sete Irmãs @lucindariley - @Novo_Conceito

Por Fotos e Livros •
03 setembro 2014
Demorei para ler o meu primeiro Lucinda Riley, minha mãe e minha irmã já são fãs ardorosas, mas por milhões de motivos só agora consegui pegar e ler, na realidade devorar, um livro desta autora irlandesa que tem uma forma mágica de escrever, livros que mesclam passado e presente. E tive a alegria de começar por um livro mais que especial, um livro cuja inspiração e um dos principais personagens é o nosso amado, Cristo Redentor.



Lucinda teve uma inspiração para uma nova história quando sobrevoava o céu do Rio em um vôo São Paulo- Rio de Janeiro e se deparou com a imagem do Cristo como se flutuasse sobre o Rio de Janeiro. e acabou sendo vizinha de Bel Noronha, que tem um documentário 'De braços abertos' sobre a construção do Cristo. Lucinda Riley conta sobre a construção do maior e mais belo ícone brasileiro, uma das 'Maravilhas do Mundo'... e eu aprendi com este livro que o nosso Cristo é uma construção, com partes (cabeça e mãos) esculpidas na França.

 "- Vamos preencher Seu interior com vigas de ferro e com uma nova invenção europeia chamada concreto armado. Veja, Bel, o Cristo é uma estátua. Ele é um edifício fantasiado de ser humano. Deve suportar ventos fortes ao Seu redor e a chuva que cairá sobre Sua cabeça. Sem falar nos relâmpagos que Seu Pai envia do céu para nós, mortais, aqui na Terra, para nos lembrar de Seu poder." posição 33%

Fiquei encantada por um autor, não brasileiro, contar sobre um fato histórico brasileiro com tanta propriedade e carinho. Lucinda Riley descreve o Brasil, os brasileiros, como se fosse uma brasileira. Para escrever este livro ela alugou um apartamento em Ipanema para estudar a história e acho que isso mostra o carinho com que a autora se dedica ao seu trabalho.

Assista ao vídeo abaixo e veja Lucinda Riley falando sobre o livro, a série:


Neste vídeo vocês podem ver que ela já terminou de escrever o segundo livro da série... e eu já estou ansiosa por ele.


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Minhas impressões

O livro é o primeiro de uma série de livros, já que temos seis irmãs, que perderam o pai adotivo de forma abrupta e agora, após receber, cada uma, uma carta, coordenadas, mensagens e um 'amuleto' sobre de onde vieram podem, ou não, partirem em busca de suas origens e passados familiares.

"A série As Sete Irmãs é livremente baseada na mitologia das Sete Irmãs das Plêiades, a conhecida aglomeração de estrelas no famoso cinturão de Órion. Da civilização maia aos gregos, passando pelos aborígenes, as Sete Irmãs sempre estiveram presentes em inscrições em versos." Nota da autora no início do livro

As irmãs
  1. Maia
  2. Ally (Alcyone)
  3. Star (Asterope)
  4. CeCe (Celeano)
  5. Tiggy (Taygete)
  6. Electra
  7. Merope (não encontrada)

O pai adotivo das 'meninas', Pa Salt, tem também uma história, que nem elas e nem nós (comecei a descobrir parte dela no primeiro livro) e acho que vamos descobrindo ao longo da série partes de sua história, e a de cada uma das filhas.

"Ter minhas seis obras de arte, minhas filhas, é o suficiente para mim. As únicas coisas no mundo que merecem ser valorizadas, pois vocês são insubstituíveis. As pessoas a quem você ama são insubstituíveis, Maia. Lembre-se disso, certo?" posição 8%

Não vou dar spoilers, mais do que os que já estão na sinopse (não deixe de ler a sinopse), minha resenha será basicamente uma pequena forma de mostrar, sem dizer muito, o quanto A.M.E.I. de verdade o livro.

Como já descrito na sinopse e no início desta resenha, Pa Salt ao morrer deixa para cada uma das filhas um 'pedaço' de sua origem, e cabe a cada uma delas querer descobrir e com isso se encontrar. Atlantis (a ilha perto do Lago Leman, na Suíça) onde as meninas cresceram, criadas por Pa Salt com a ajuda de Marina.



A primeira das filhas, Maia, foi a primeira a saber sobre a morte do pai e acaba sendo a primeira a partir em busca de sua história e acaba chegando ao Rio de Janeiro, onde acaba se encontrando com um autor brasileiro cujo livro de sucesso no Brasil, foi traduzido por Maia para o francês. Maia e Floriano se unem em busca de fatos históricos e descobrem uma história maravilhosa relacionada à construção do Cristo Redentor e com a origem familiar de Maia.

"- O que você acha que é um brasileiro de verdade? - ele perguntou. - Não existe nada do tipo. Somos uma raça de mestiços, de diferentes nacionalidades, credos e cores. Os únicos brasileiros 'de verdade' foram os nativos que os portugueses começaram a assassinar quando chegaram aqui, há uns quinhentos anos, reivindicando a riqueza de nosso país para si. E muitos mais, que não morreram de forma violenta, pereceram diante de doenças que os colonizadores trouxeram. Para resumir a longa história da minha família, minha mãe é descendente de portugueses e meu pai é italiano. Não existe uma linhagem pura no Brasil." posição 22%

Temos duas histórias de amor, uma no passado, entre Izabela e Laurent, e outra no presente, de menor intensidade, mas tão bonita e interessante, entre Maia e Floriano.

"Sentada aqui, olhando para as estrelas, desejo do fundo do meu coração que tivéssemos nos encontrado me um momento diferente, pois acredito que, se assim fosse, estaríamos juntos agora." posição 81% 

Ao encontrar Floriano, conhecer o Rio de Janeiro e descobrir seu passado, sua família, Maia se encontra e começa a se entender

"De alguma forma, esta cidade e este homem juntos romperam o casulo protetor onde eu me escondia. Ri da analogia, pensando que realmente me sentia com uma borboleta em seu primeiro voo." posição 90%
O livro é narrado, à parte atual, por Maia e a parte do passado, a história de Izabela, a bisavó de Maia, é narrada por um narrador onipresente, onisciente... O último capítulo do livro, é narrado por Ally, a segunda irmã, já em antecipação ao próximo 'capítulo' da Série As Sete Irmãs, e como já disse acima, estou ansiosa por este e pelos outros livros.


Comentários via Facebook

1 comentários:

  1. Olá Cinthia!

    Acho que esse livro vai entrar para minha estante. Mas devo dizer que é duro de imaginar, depois de ver o vídeo desse post e o hangout que ela fez quando lançou o livro, que ela não escreve seus livros no papel ou no computador antes de publica-los. Simplesmente a ideia da história vem na cabeça e ela grava em um gravador com o sugestivo nome de Dick (Até nós brasileiros entendemos a piadinha atrás do nome.), sem tirar notas ou criar alguma coisa para organizar esse sete livros. E se o marido dela for realmente esquecido, com certeza já escreveu a sinopse da saga em algum lugar.
    Mas falando do livro, devo dizer que amei o trecho que você escolheu em que Floriano fala da miscigenação do nosso povo, sem esquecer da crueldade e violência da colonização, principalmente agora, quando ainda temos pessoas que tentam separar as pessoas por "raça", sendo que esse conceito não existe. Como exemplo dessa miscigenação, devo dizer que sou parte indígena, parte italiana e parte portuguesa.
    E não sabia até agora que Maia é uma tradutora. É uma bela homenagem que a Lucinda faz a esses profissionais que nos permitem ler grandes sucesso internacionais em nossa língua e que fazem os autores nacionais serem conhecidos também no exterior. E isso junto a um monumento que é um símbolo do nosso país em todo mundo.

    Um abraço!

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