Sinopse
Dana e Hugh Clark são um casal lindo e singular, que se amam muito e de verdade, ela uma arquiteta/decoradora que perdeu a mãe muito cedo, nunca conheceu o pai e foi criada com muito amor pelos avós, a avó Ellie Jo, ainda viva, é um personagem muito importante em FAMÍLIA. Ele, um advogado muito conceituado, filho de uma das famílias mais tradicionais e esnobes de Boston.
"Ele sabia que ela dava mais valor à história da família por haver crescido sem uma.
À parte aquilo, todo o resto era novo; uma história de família que se iniciaria ali." pag 11
Dana e Hugh estão esperando e tendo seu primeiro filho, mas algo surpreendente acontece. A filha é linda, saudável, mas é morena, mulata. Como pode? Eles são brancos, loiros, de pele e olhos claros, o que aconteceu? Quando Elizabeth, Lizzie, nasce, eles de espantam com seu tom de pele, ficam assustados e principalmente, Hugh, inseguros, desconfiados. E pela influência de sua família comete erros, por atos e palavras que magoam Dana, e abalam seu relacionamento.
"- Ela não tem a minha cor.
- Nem a minha, mas nenhum de nós sabe com certeza a cor de cada antepassado nosso. - Rapidamente, ela assentiu com a cabeça. - Está bem. Sim. Você sabe. Então um dos meus parentes veio da África. Para mim, isso não é problema. E para você? Quer dizer, para que tanto alvoroço? Você não é uma pessoa preconceituosa, Hugh." pag 93
"Enfiando o bolo de lã na bolsa, ela abriu a janela, deitou-se na cama e ficou escutando as ondas, desesperada por ouvir a voz de sua mãe. Mas não havia palavras de conforto vindo da maré; apenas um enorme nó em sua garganta. Não obstante as explicações bizarras, Hugh dissera coisas que a haviam ferido profundamente.
Pontos soltos podiam ser refeitos, um suéter mal-ajustado podia ser tricotado novamente, um mau novelo podia ser trocado. As palavras, no entanto, eram outra história. Uma vez ditas, não podiam mais ser retiradas." pag 95
Os personagens secundários, os pais de Hugh, a avó de Dana e seu pai desconhecido, mas que nem sabia que ela existia, são personagens importantes de cativantes. O vizinho do casal, David ... e sua filhinha... tem um papel prepoderante e emocionante na trama do livro, adorei! Outro 'personagem' muito cativante da história, e que eu amo, é o tricô... a avó de Dana é dona de uma loja de lãs, linhas e as mulheres se encontram na loja para tricotar e se aquecerem entre linhas e muito amor.
"Para ela, peças tricotadas a mão representavam as lembranças de sua mãe, o amor de sua avó e o carinho da família postiça formada pelas amigas da loja de lãs. A família do marido jamais entenderia até que ponto as peças tricotadas eram pessoais. Os Clarke conheciam seu lugar na sociedade e, por mais que Dana adorasse ser esposa de Hugh, por mais que admirasse a autoconfiança dos Clarke e sentisse inveja de seu passado, ela não podia se esquecer de quem era." pag 17/18
Dana, que é mãe na melhor e mais perfeita concepção da palavra, ama e aceita sua filha de forma intensa e irrestrita. Sofre, mas pelo que a filha poderá sofrer por ser mestiça. E sofre por ter que procurar seu pai, desconhecido e descobrir mais sobre o passado dos pais e até dos avós. Hugh também sofre, por ter feito sua esposa sofrer e por perceber o quanto às vezes temos valores distorcidos, oriundos de nossa educação e que nem percebemos.
"- É assim que vai ser a vida dela? A primeira coisa que as pessoas verão será a cor? O que aconteceu com a ideia de ser politicamente correto?" pag 106
Senti falta de que tivessem mais capítulos, fiquei com a sensação de quero mais, quero saber mais o que acontece com Hugh, Dana e Lizzie e sua família. Quem sabe Barbara pode retornar com algum personagem, como Ali, a filha de David, o vizinho de Dana e Hugh... ou mesmo com a própria Lizzie Clarke para sabermos um pouco mais sobre estes personagens que me conquistaram.
"As coisas acontecem por uma razão. Dana tinha muito a agradecr.
E, ainda assim, queria mais." pag 344
Um livro muito bem escrito com uma análise sobre os nossos valores e preconceitos e que me fez avaliar o quanto às vezes somos hipócritas sem perceber. Não consegui largar o livro, daqueles livros cativantes, emocionantes sem ser piegas. AMEI!!!!
"- Reconhecer o problema é o primeiro passo. Você já fez isso.
- O que vem depois?
- Perdoar a si mesma. É o que eu disse antes, Dana. Nenhum de nós é perfeito.
- E depois?
- Tentar superar. Quando você estiver com alguém que te enfurece, obrigue-se a encontrar três coisas boas naquela pessoa." pag 308
Pelas reviews do livro no Goodreads, o livro não teve muito sucesso, mas eu acredito que podem existir livros melhores da autora, mas eu realmente me encantei com Família e com a autora.
capa original
Sinceramente, pessoal, estou péssima para resenhar, a vida está muito corrida, cheia de coisas por fazer... mas espero que eu tenha conseguido passar um pouco da emoção, e o quanto eu gostei de ler 'Família'.
Ei Cínthia!
ResponderExcluirJá li alguns livros da Barbara Delinsky e adorei...
São histórias marcantes e ligada a família.
Adorei sua resenha e a história do livro.
Como ja falei outras vezes, gosto de histórias que nos coloca na posição dos personagens para refletirmos, para reavaliarmos nossos valores e preconceitos.... Sim, somos muito hipócritos!
Vou ler!
Bom final de semana para você!!
Obrigada, Lud! Só agora pude entrar no blog para ver os comentários... adorei o livro e acho que você também vai gostar.
ResponderExcluirBeijos
Cinthia ...que honra ser citado no seu blog... desculpa por não ter visto antes
ResponderExcluirObrigado de coração