I.S.B.N.:9788580572186
Altura: 23 cm.
Largura: 16 cm.
Profundidade: 1 cm.
Acabamento: Brochura
Edição: 1 / 2012
Idioma: Português
Número de Paginas: 480
Altura: 23 cm.
Largura: 16 cm.
Profundidade: 1 cm.
Acabamento: Brochura
Edição: 1 / 2012
Idioma: Português
Número de Paginas: 480
SINOPSE: Quando Anastasia Steele entrevista o jovem
empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e
profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que,
a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por
ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito
independente de Ana, Grey admite que também a deseja - mas em seus próprios
termos...
RESENHA
O revolucionário livro Cinquenta
Tons de Cinza, esquentou o mercado erótico mundial, com sua venda de mais de 40
milhões de exemplares no mundo, além de ter batido todos os recordes nos outros
livros da trilogia também, chega ao Brasil também com muito sucesso, já que em
três semanas venderam mais de 200 mil exemplares do livro.
E ainda não acabou, o revolucionário Cinquenta Tons de
Cinza, reascendeu a sexualidade feminina oprimida (que ano estamos mesmo??
1812???), e pelas palavras da própria pessoa (me nego chamar de autora) que
escreveu o livro, “O que Cinquenta Tons fez foi encorajar as mulheres a voltar
a falar sobre sexo. Isso é avanço, e não retrocesso”, eu ainda estou perdida...
Em ano que estamos??? Pensei que fosse
2012...
O que vou escrever agora, não quero de forma nenhuma estereotipar
ou definir alguém, mas em plena época, até onde eu sabia... onde várias
mulheres têm uma independência financeira, e também sexual, até onde eu sei, a
mulher pode escolher seu parceiro sexual, sem mesmo uma aliança no dedo.
Diferentemente de antigamente, que caso falasse a palavra “sexo” primeiro
várias desmaiavam, outras ficavam enrubescidas (essa palavra ainda vai
perseguir você!!!) e muitas outras que não sabia se isso era bebido ou mastigado,
até porque não tinham acesso a informação e eram oprimidas moralmente por uma
sociedade machista.
Agora eu espero que não tenha feito nenhuma viagem no tempo,
e ainda esteja em 2012, onde mesmo aquelas que nunca experimentaram ou
dificilmente não tem conhecimento o que seja sexo, pois tem um diversidade de
possibilidades de obter essa informação, primeiro através da internet (conhecem
o Google??? Tem até fotinhos e vídeos) ou simplesmente entrem na primeira banca
de revista e façam “uni duni te” e escolham qualquer livro de banca, ou comprem
o livro mais antigo do mundo que se chama “Kama Sutra” e irão descobrir tudo, e
das mais variadas formas e posições prazerosas de fazer sexo.
Porque é humilhante ter que ouvir de uma pessoa que escreveu
um livro desses, se auto intitular de libertadora do prazer feminino, ou como
ela falou, “mulheres voltaram a falar de sexo”, hã???? Então daquele grupo que
faço parte no Facebook???? Estamos falando sobre o quê? Culinária????
E outra, que história é essa de revolução erótica, leio romances eróticos,
sexuais e sensuais desde meus 15 anos de idade? E se eu lesse 50 Tons de Cinza há
vinte anos como minha experiência erótica, sinceramente eu acharia que sexo
fosse uma piada bizarra.
Porque Cinquenta Tons de Cinza é extremamente frustrante, em
primeiro lugar e o mais importante, mesmo que você pegue um livro por diversão,
ou como costumamos falar com uma narrativa despretensiosa sem exigências de
qualidade de desenvolvimento, como várias pessoas preconceituosamente denominam
os livros de banca, eu não ficaria tão indignada com o livro em questão, mas no
caso dele, é pior ainda, além de ser raso narrativamente, ele consegue ser pior
na escrita, com uma quantidade abusiva de palavras repetidas no decorrer do livro, que parece uma
leitura cíclica, ou seja, você inicia e quando está no meio de uma página, a
palavra ou a expressão volta a aparecer, ou seja, diversidade de palavras é
nula, tem duas palavras no livro, que chegam a ser gritante a repetição, é “enrubescer”
e suas variantes conjugações verbais, e outra é “olhos cinzentos” e essa sem
variantes, além de outras, tanto que vi em uma resenha no site Goodreads que a pessoa chegou fazer a contagem de palavras repetidas, senão me
engano foram 51 olhos cinzentos e 81 enrubescer, e isso só do primeiro livro (uma
informação secreta, os outros dois livros da série continuam com a mesma
deficiência). Como vocês podem
conferir na cena sexual, de Ana e o Sr. Grey, narrado abaixo pelo sensual e
erótico, boneco Marcelinho:
Somado a isso, a James com certeza tem um prazer sexual em
colocar pontos, imagina um livro que num parágrafo de oito
linhas tivesse no total de doze pontos, além dos sinais de exclamações ou
interrogações, eu praticamente li o livro como se tivesse lendo uma letra de Rap,
como podem conferir no trecho abaixo (e isso é em grande parte do livro):
“Acordo de súbito, ofegante, toda suadas e sentindo os
efeitos do orgasmo. Que inferno. Estou completamente desorientada. Que diabo
acabou de acontecer? Estou sozinha no meu quarto. Como? Por quê? Sento-me de
repente na cama, chocada... uau. É de manhã. Olho o despertador – oito horas.
Ponho as mãos na cabeça. Eu não sabia que podia sonhar com sexo. Será que foi
alguma coisa que comi? Talvez tenham sido as ostras e mina pesquisa na internet
se manifestando em meu primeiro sonho erótico. É incrível. Eu não sabia que
podia ter um orgasmo dormindo.”
Ufa!!!! Até para digitar cansa, imagina parágrafos assim, e
pior na parte sexual ???
E isso que ainda nem cheguei ao contexto do livro e nos
personagens, e por falar na história do livro, erroneamente muitas pessoas adquiriram
50 Tons de Cinza, pelo simples fato de ser inspirado no Crepúsculo, e talvez também
encerramento da saga no cinema este ano, então várias fãs migraram para 50 Tons
de Cinza, porque além de preencher o vazio, também irão ver a versão “Edward
Sexual”, mas as coincidências com Crepúsculo, digamos são apenas em algumas
características dos personagens, e situações, que a James revolucionariamente conseguiu
piorar, confesso que não sou uma fã de Crepúsculo, li todos os livros, talvez
pela minha idade ou até mesmo minha maneira de ver o sobrenatural (gosto mais
do estilo da Anne Rice), não me agradou, então quando digo que algumas cenas de
50 Tons de Cinza, tiradas de Crepúsculo ficaram horrorosas..., e também entendi
porque inteligentemente a Stephanie Meyer, declarou que não acha plágio 50
Tons, porque ela deve ter lido o que fizeram com a sua famosa saga, e preferiu distanciar
qualquer similaridade.
“(...) Sigo em frene e tropeço, me estatelando no meio da
rua.
- Que merda, Ana! – exclama Grey.
Ele puxa tão forte minha mão que caio em cima dele bem na
hora em que um ciclista passa a toda na contramão, e por um triz não me
atropela.”
E a cena acima lembra alguma coisa????
Acho mais fácil explicar o desenvolvimento do livro através
dos personagens, até porque é tão pobre a história,, e tudo que eu li foi um blá...
blá... blá... Interminável e entediante, da personagem feminina Anastasia
Steele, consigo mesmo, e seus companheiros inseparáveis, “deusa interior” e seu
“subconsciente”, então a deusa interior, que não irei dizer o que é realmente,
porque senão perde a piada, ops... Quer dizer a emoção. Rsrssrsrsrs.
Mas antes tem outro aspecto que tenho que comentar, tem
tantos diálogos praticamente monossilábicos, conversinhas sem nexo total, que pareciam
um bando de retardados conversando um com o outro, e um dos diálogos que
cheguei a me perder, de tanta palavra repetida num papo medíocre, sejam
corajosas e leiam o trecho abaixo:
“Isso não é motivo de orgulho – murmurou altiva. – E tem razão... estou profundamente chocada. E
irritada por não poder chocar você.
- Você usou minha cueca.
- Isso chocou você?
- Chocou.
Minha deusa interior dá um salto com vara sobre a barra de
quatro metros e meio.
- Você foi sem calcinha conhecer meus pais?
- Isso chocou você?
- Chocou.”
Chega!!!!! Depois tem mais uns 4 ou 5, entre eles, choque,
chocar e choquei. Ou seja, nesse momento do livro estava tão CHOCADA!!!
SR. CHRISTIAN GREY (lindo, rico, sensual, desequilibrado
emocional, esquizofrênico e olhos cinzentos).
Mulheres!!!! Ele chegou, o sonho de consumo de mulheres que
leram o livro, o cara que não faz amo, ele fode com força, a antítese do
príncipe encantado (nem para sapo serve também, coitado do bichinho), o genro
que toda mãe sonha longe da sua filha, o bilionário de olhos cinzentos, que
curte um BDSM ao leite, onde gosta de dominar sua parceira tanto na relação
sexual e doentiamente na pessoal, o homem que as mulheres gritam “Quero um para
mim!” e eu sou das poucas que digo “Chuta que é macumba!”.
Estou me perguntando até agora, como mulheres liberais tanto
sexualmente quanto pessoalmente vangloriam um homem desses??? Um candidato a
interno do hospício. Tudo bem que no inicio pelas características pessoais
ficamos embasbacadas com essa espécime masculina, mas no decorrer da leitura
não temo como, tudo bem que o livro tem uma escrita medíocre, e ineficiente na
profundidade dos personagens, mas o Sr. Grey é um babaca, ou o coitado foi mais
uma vitima da pseudo autora.
Antes de falarem que estou esperando o príncipe encantado,
sou bem realista, todas as pessoas terão grandes qualidades e defeitos, mas
cada um se adapta ao que desejar, mas o Sr. Grey não tem defeitos, e sim uma
instabilidade emocional de uma ervilha, não porque ele gosta de BDSM (isso é
outro assunto que irei falar), mas o modo como ele age em relação às pessoas.
Várias vezes no decorrer do livro vimos um homem bastante
controlador e psicótico, que chega ponto de dar presentes para Ana, mas não com
a intenção de agradá-la e sim de persegui-la (celular, carro, MacBook, todos
eles com GPS), ou seja, ele sabia todos os seus passos, você acham que isso é
ser atencioso e cuidadoso??? Ou controlar sua comida, porque ele tem traumas
sérios em relação a isso, e com isso ele descarrega todos os seus tormentos nos outros. Namorar o Sr. Grey é quase a mesma coisa que participar de um reality show, todos seus passos serão controlados.
"- Você não comeu muito.
- Estou satisfeita.
- Três ostras, quatro garfadas de bacalhau e um talo de aspargo, nada de batata, nada de frutas secas, nada de azeitonas, e não comeu o dia inteiro. Você disse que eu podia confiar em você.
Nossa, ele fez um inventário."
Agora por ser rico e lindo é perdoável? Já li muitos livros
com homens problemáticos e atormentados, é algo do imaginário feminino e tal,
mas ser praticamente uma “mulher tarja preta” e ficar tentando curar através do
amor. Mas o Sr. Grey é só com a ajuda de uma junta médica. Sempre tivemos na literatura de mulherzinha,
homens com esse estereótipo, mas a diferença do Grey para os outros, foi a
descrição conturbada ou erroneamente infeliz da James, e ainda tem a capacidade
de dizer em entrevistas que a dominação do Grey é só sexual, hã??? Será que ela
lembra como escreveu esse livro? Pois, levanta bandeira de liberação e descreve
um homem que oprime não sexualmente e sim pessoalmente uma mulher. Bastante
controverso não acham??? E falando na mulher...
“Meu pensamento se deixa levar para a tarde de hoje. Pelo que
percebi das preferências dele, acho que pegou leve comigo. Será que eu faria
isso de novo? Nem sequer posso fingir criar caso pro causa disso. Claro que
faria, se ele me pedisse – desde que não me machucasse e que essa fosse a única
maneira de estar com ele.
Essa é a moral da história. Quero estar com ele. (...)”
ANASTASIA STEELE (virgem, baixa estima, insegura, inocente e
atrofiada)
Algo que é praticamente comum nas personagens femininas
quando descritas como virgens são praticamente sinônimo de demência cerebral,
insegurança e baixa estima, porque autoras que escreveram a 200 anos atrás as
personagens femininas que eram virgens, e naquela época virgindade não era
característica pessoal ou doença, e sim algo natural, descreviam personagens
femininas com convicções próprias, de personalidade e lucidez cerebral mesmo
com toda a opressão de uma sociedade na época.
Pelo que entendi hoje ser virgem é ser marginalizada ou pior
possui uma doença chamada “himem intocatis” que tem como sintomas, atrofiamento
cerebral, insegurança e baixa autoestima.
E além da Ana sofre dessa doença, ela ainda é uma garota pobre, que anda de fusquinha, trabalha para se sustentar e tem baixa estima,
encontra um Sr. Grey da vida aparentemente com características perfeitas de um
homem, se interessar logo por ela, que além da doença “himem intocatis” se acha
um patinho feio??? Resultado: presa fácil.
“E depois, hoje à noite, ele me bateu mesmo. Nunca ninguém
me bateu na vida. Onde é que fui me meter? Muito devagarinho, as lágrimas
interrompidas pela chegada da Kate começam a escorrer pelo meu rosto e entrar
pelos ouvidos. Apaixonei-me por alguém tão fechado emocionalmente que só vou me
machucar – no fundo eu sei disso -, alguém que se confessa completamente fodido.
Por que ele é tão fodido? Deve ser horrível ser tão marcado como ele é, e a
ideia que tenha sofrido alguma crueldade insuportável na primeira infância me
faz chorar mais. Quem sabe, se ele fosse mais normal, ele não quisesse você, meu
inconsciente contribui maliciosamente para minhas elucubrações... e, no fundo,
sei que isso é verdade.”
Chega o Sr. Grey bonito, sensual, rico e de olhos cinzentos,
enchendo ela de presentes, inicialmente sendo bastante atencioso, e interessado
a lhe dar um prazer inimaginável.
Ana entra de cabeça, e já fica na expectativa juntamente com
seus coleguinhas deusa interior e inconsciente, a chance da sua vida de curar a
sua doença, mas só que ela na sua “ingenuidade” e não sabe nada sobre sexo (mesmo
com o Google disponível), e com todo seu romantismo pueril pergunta para o Sr.
Grey: Então vamos fazer amor?
E o Sr. Grey, que até o momento era o príncipe encantado,
fala olhando nos olhos, “Anastacia, eu
não faço amor, eu fodo com força”, diferentemente da Ana, que não entende,
mas sua deusa interior bem esperta dá pulinhos iguais a uma bailarina, levanta
as sobrancelhas e confirma com a cabeça, e diz “Sim! Sim! Sim”, mas seu inconsciente que é mais centrado, fala “Não! Não! Não!” e Ana querendo se livrar da grave doença
aceita entrar no Mundo Imaginário do Sr. Parnassus Grey
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Vocês podem acreditar todos os personagens citados acima
existem, sendo que dois dele só dentro da cabeça da Ana. O livro podia se
chamar 50 Loucos de Cinza.
Após a cura da doença, e pelo que entendi, foi uma
transferência via sêmen de neurônios, pois ela ficou mais esperta e começou a
questionar algumas práticas do Sr. Grey, óbvio que pela descrição da James, e
como qualquer ex-virgem-recente, não entende muito da sua sexualidade, mas a
coitada vai acabar explorando isso com o rico empresário e nas horas vagas,
psicopata Sr. Grey.
“(...) Minha cabeça está a mil. Maldita Kate, que jogo ela
está fazendo? Será que ele vai me castigar? Encolho-me de medo só de pensar
nisso. Ainda não assinei aquele contrato. Talvez não assine. Talvez eu fique na
Geórgia, onde ele não pode me alcançar.”
Isso é sensual ?????
Isso que me incomodou, sexualmente falando a Ana aceitava
até ali, a relação sexual sado, o problema maior era o motivo da aceitação, e
isso lemos o tempo todo apreensão da Ana para não discordar do Sr. Grey, por
medo da punição, ou seja, ela não encara a punição como uma expectativa sexual,
e sim com puro medo, algumas vezes no vemos no livro a Ana se expressar
sinceramente e mais livremente através dos e-mails que ela e o Sr. Grey
trocavam, do que pessoalmente, mas sempre tensa quando estava perto dele.
Mas devo estar errada, já que todas as meninas suspiram e batem
palmas para os métodos “gentis” do Sr. Grey, então enxerguei demais... E por
falar nos métodos...
Sexo baunilha + BSDM ao leite =
Milkshake
No mundo BDSM o sexo dito “normal”,
é caracterizado de sexo baunilha, enquanto o outro que também aparece nesse
livro, é que digamos é o mais preconceituosamente visto, é caracterizado como
sado, na visão estreita da autora, que pessoas praticantes desse estilo sexual,
são desiquilibradas emocionalmente, e pior o próprio Grey confirmou que sexo
para ele é como um arma.
“- Christian, você usa o sexo como
uma arma. Isso realmente não é justo – afirmo, olhando para minhas mãos, e
depois encarando-o.
Ele ergue as sobrancelhas,
surpreso, e vejo que está considerando minhas palavras. Afaga o queixo,
pensativo.
- Tem razão. Uso. Na vida, a gente usa
o que pode, Anastasia. Isso não muda nada o quanto desejo você. Aqui. Agora.”
Acho que uma palavra é predominante
nesse tipo de relação sexual, e a CONCENSUAL, ou seja, ambas as pessoas devem
querer, e devem ter a consciência do que está fazendo, ou até por terem desejos
nesse tipo de relacionamento
O que vemos nesse livro, além de
várias controvérsias, que óbvio por incapacidade da James, foi uma Ana que não
tinha nenhuma experiência sexual, praticar pelo simples fato de além de ter
medo do Sr. Grey, e também porque não quer perde-lo e com isso se predispõe a
fazer para agrada-lo.
Temos vários trechos dela afirmando
o medo, a insegurança e a indecisão dela sobre essa relação sexual.
E isso afronta totalmente a prática
saudável do BDSM, vamos deixar o preconceito de lado, sim BDSM é saudável, essa
apologia relacionada à dor, é para quem não sente prazer com esse tipo de
prática, mas quem se predispõe a praticar o prazer pela “dor” não é visto como
dor física, não vou me aprofundar muito no tema, até porque o livro não vale
tudo isso.
Apesar da pseudo autora se
vangloriar que o livro foi um incentivo da libertação sexual feminina, porém
ela ao mesmo tempo mostrou a opressão pessoal a uma mulher. Tanto que ela não
podia revirar os olhos, entre outras coisas, fazia tudo para não desagrada-lo e
consequentemente para ele não puni-la, quando a pessoa pratica e tem certeza do
jogo em uma relação BDSM, essa punições, se tornam não um temor e sim um jogo
excitante sexual, e isso não vemos no livro.
REVOLUCIONÁRIO SEXO "ERRÓTICO"
Essa é uma parte muito interessante, posso dizer que o livro
tem bastantes partes sexuais descritivas, mas como a James sofre de gagueira
narrativa, quase todas as cenas e modos de fazer sexo eram repetitivos, comum
em qualquer livro erótico no mercado (aconselho a lerem Sedução da Nicole
Jordan), claro as práticas sado que implementam o sexo, mas se pensam em alguma
variedade, e sempre a mesma coisa.
Eu defino pela debilidade dos personagens, a descrição
sexual é tão detalhada, e não estou falando na parte da sacanagem, estou
falando nas preliminares, eles levam uma página para tirar a roupa, mas, porém
só meia página para ter o orgasmo, claro estou falando isso simbolicamente, além
de ser tudo narrado pela Ana, então temos muitos debates com a tagarela e
ridícula deusa interior e seu companheiro mal- humorado inconsciente, além de
tudo isso adiciona um pouco de intermináveis e irritantes palavras repetidas e
pontos finais que deixam a leitura insuportável, que me fizeram dormir e
bocejar várias vezes, ou me perder na leitura.
CONCLUSÃO: A pergunta é porque o livro fez tanto burburinho,
se tem muitos similares no mercado? Por que ele teve esse estrondoso sucesso? Tem
várias respostas, mas uma que eu acho que seja, é porque os livros que tratam
de erotismo, sexualidade e sensualidade, não foram amplamente divulgados devido
os pudores que existiam naquela época, enquanto 50 Tons de Cinza chegou com um
marketing agressivo editorial, e hoje em dia com os meios de comunicação e as
redes sociais. Se tornou mais fácil atingir o público em geral.
Porque tenho certeza que 50 Tons de Cinza fosse lançado como
um simples romance erótico sem grandes divulgações não estaria batendo esses
recordes, porque pela qualidade interna do livro, como narrativa, personagens
e escrita. Era mais um livro pegando
poeira ne estante.
Iremos ter um grande volume de livros desse gênero, muitos
que estavam escondidos passando por simples romances, começaram destacar mais o
lado relacionado o sexo, e também irá desmitificar o livro de banca, que antes
torciam o nariz por causa da sua péssima narrativa e só priorizava o sexo
gratuito, acho que irão pensar melhor antes de esnobar, até porque quem gostou
de 50 Tons de Cinza, irá adorar qualquer livro de banca.
E antes de qualquer coisa, não lerei a continuação, pois tem
tantos livros no mercado com conteúdo tanto erótico quanto narrativo de
qualidade que essa trilogia, prefiro dar um beijo de língua no Jabba The Hut de
Star Wars do que lê o restante da série.
Finalmente terminei a resenha desse livro, e quem gostou da
resenha, foi uma pena não atingi o meu propósito, queria que ninguém gostasse,
achasse um lixo, monótona, entediante, ridícula.
Não enlouqueci, tive um atrofiamento no cérebro após a
leitura, mas já me recuperei, eu desejava que as pessoas achassem vários
defeitos na resenha, para sentir na pele, como me senti quando estava lendo o
livro e após a conclusão. Se ficaram revoltadas e saírem falando que minha
resenha é um lixo, então entenderam bem o que quis dizer sobre o livro.
ALGUNS MOMENTOS BIZARROS
"No quarto, procuro em uma cômoda
e encontro o secador. Usando os dedos, seco o cabelo da melhor maneira
possível. Quando termino, entra no banheiro. Quero escovar os dentes. Olha a
escova de Christian. Seria como tê-lo em minha boca. Hum... Olhando por cima do
ombro para a porta com um sentimento de culpa, sinto as cerdas da escova de
dentes. Estão molhadas. Ele já deve ter usado a escova. Pego-a depressa,
espremo a pasta nas cerdas e escovo os dentes rapidinho. Sinto-me muito
travessa. É muito emoção."
Ok. Além dos malditos pontos no
qual a autora pelo jeito tem um prazer sexual, mas fala sério né???? “É muita
emoção”?????? MEU DEUS!!!!!
"- Minha mãe mora na Geórgia com o
novo marido, Bob. Meu padrasto mora em Montesano.
- E seu pai?
- Meu pai morreu quando eu era
bebê.
- Sinto muito – murmura ele, e
uma afição transparece fugazmente em seu olhar.
- Não me lembro dele.
- E sua mãe se casou novamente?
Solto o ar com força.
- Pode-se dizer que sim."
Essa cena vou deixar para vocês
me responderem, não sei se está mal escrita ou simplesmente é retrógada demais.
Primeiro, ela não falou que a mãe
estava morando com o novo marido???? Ou seja, casou???? Certo??? Ou, a outra
opção que ele perguntou, se a mãe era casada no papel ou algo assim?
Mas se tiver uma terceira opção
gostaria que me respondessem....
"A primeira classe é muito
espaçosa. Com um coquetel de champanhe em punho, instalo-me na suntuosa
poltrona de couro ao lado da janela enquanto a cabine vai enchendo devagar.
Ligo para Ray para lhe contar onde estou – uma ligação curta, infelizmente,
pois é muito tarde para ele.
- Te amo, pai – murmuro.
- Boa noite.
Desligo."
A pergunta é, porque desse
diálogo absurdo, que não tem contexto nenhum, e assim o livro tem vários sem
motivo algum.
ResponderExcluirOi Pá!
Ahhahhahahah
Não sei qual parte da sua resenha me fez rir mais ahahhahh
Eu conversei com você anteriormente, e independente de resenhas
negativas, eu vou ler o livro. Sei que vou morrer de raiva em vários momentos,
mas a curiosidade está falando mais alto. Se eu vou gostar, isso será outros
quinhentos (ou seria outros cinqüentas? Rsrrsr).
Quanto a sua resenha, não vou apontar aspectos negativos
nem dizer “como você pode falar mal desse livro, que tantas pessoas gostam?!’.
Isso é a sua opinião e antes de mais nada, eu a respeito. Independente de ser
positivo ou negativo, você está dizendo tudo o que sentiu com o livro e isso
deve ser respeitado, pois opiniões divergem e não existem certas e erradas, já
que cada pessoa tem uma.
Mas olha, vai ser difícil ler esse livro e não rir de todos
os comentários que eu já ouvi por ai, principalmente da deusa interior, certeza
que vou precisar fazer uma pausar para respirar fundo e parar de dar risada
antes de continuar ahahhha
Vou ler sem esperar nada assim me surpreendo se gostar de
algo e nem fico com tanta raiva dos outros detalhes kkk
Bjs!