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Gigantes de Aço

Por Gih Pinheiro •
17 março 2012

Título Original: Real Steel
Gênero: Ação, Drama, Ficção Científica
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Dan Gilroy, Jeremy Leven, John Gatins
Produtores: Don Murphy, Eric Hedayat, Jack Rapke, Josh McLaglen, Mary McLaglen, Rick Benattar, Robert Zemeckis, Shawn Levy, Steve Starkey, Steven Spielberg, Susan Montford
Elenco: Evangeline Lilly, Dakota Goyo, Kevin Durand, Hugh Jackman
País de Origem: Estados Unidos da América
Estreia no Brasil: 21 de Outubro de 2011
Estreia Mundial: 6 de Outubro de 2011

A história se passa em 2020, quando o boxe humano foi proibido e robôs humanóides pesos-pesado assumem o espetáculo. Neste contexto estão um pai (Hugh Jackman) e seu filho (Dakota Goyo), que treinam um robô para ser um campeão. O problema é que eles só conseguem acesso a peças de baixa qualidade, o que prejudica suas chances - até que descobrem um robô descartado que vence sempre, chamado Atom.

Fonte

A primeira vez em que assisti ao trailer desse filme fiquei um pouco desapontada, não gostei das passagens selecionadas e senti que o roteiro poderia ser fraco. Portanto confesso que não me animei para vê-lo.

Mas como estava decidida a assistir algum filme no cinema dei uma chance para essa produção e não me arrependi. Foi uma surpresa muito boa e o tempo voou enquanto eu estava lá sentada no escuro, assim que o filme terminou fiquei querendo mais.


Começo minha análise apontando para o fato de se tratar de um filme futurista (mesmo que um futuro não muito distante), já que a história se passa em 2020, mas mesmo se tratando de algo à frente do nosso tempo gostei do fato de que o mundo ainda é o mesmo, apenas com alguns avanços tecnológicos, nada de carros voadores ou raios lasers, tudo comum, como deve ser daqui há 8 anos.

Na época em que o filme se passa não há mais esportes ligados à luta, já que a violência foi proibida, mas os seres humanos desejam isso, precisam desse espetáculo, portanto foram criados robôs para substituir os lutadores e manter a atração de uma maneira ainda mais brutal.


A partir desse ponto já gostei muito do roteiro, algo diferente e muito bem elaborado, era impossível perder um mínimo detalhe.

Hugh Jackman interpreta Charlie Kenton, um lutador aposentado que tenta reviver seus tempos de glória através dessas lutas robóticas, mas que perde muito e deve dinheiro a muita gente. Esse personagem é durão e metido a valente, o que acaba rendendo uma certa antipatia do telespectador, mas acontecimentos fora de seu controle o transformam criando uma pessoa nova por quem torcemos no fim.


Charlie foi casado e tem um filho, Max (Dakota Goyo), com quem não tem contato algum, mas quando a mãe do menino morre ele tem que decidir o que fazer com o garoto. A primeira escolha foi 'vendê-lo' para a tia do menino, já que o marido dela ofereceu uma substancial quantia em dinheiro para ter a guarda de Max, porém antes de entregá-lo aos tios, Charlie passa um tempo com o filho que lhe ensina muita coisa.

Nesse ponto não pude evitar fazer uma comparação com o filme Falcão - O Campeão dos Campeões de 1987 com Sylvester Stallone no papel principal. Mas apesar de certas semelhanças o foco de Gigantes de Aço é outro e não me prendi muito a isso.


Charlie leva as lutas muito a sério, mas não anda com muita sorte. Gasta muito dinheiro e não tem nenhum retorno, o que o força a procurar por peças de baixa qualidade para restaurar seus robôs. É numa dessas incursões para 'procurar' peças que Max encontra um pequeno robô (pequeno para os padrões de robôs lutadores) e decide ficar com ele.

Recebendo o nome de Atom o robô é resistente e supera todas as expectativas levando Charlie e Max a um grande torneio e forçando uma proximidade entre pai e filho.


Como eu disse o roteiro é ótimo e a produção foi muito bem elaborada, os efeitos estavam de primeira e muito reais, os robôs estavam impressionantes. Uma produção relativamente pequena, já que não teve muito destaque, mas que merece muito crédito.

Hugh Jackman continua ótimo no que faz. Dakota Goyo é uma graça, começando a carreira com o pé direito. Evangeline Lilly sai de Lost e convence como atriz e Kevin Durand sempre como um ótimo antagonista.


Um filme ótimo para os fãs de ficção, com um enredo lindo e uma moral muito importante por baixo de muito metal!







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