Olá pessoal, hoje tenho a honra de apresentar uma nova colaboradora, uma amiga que vai aparecer por aqui com textos incríveis e que vão servir para aguçar nossa curiosidade para o livro ou livros que ela tem para escrever para todos nós.
Eu me identifiquei muito, muito com este texto e por isso pedi que a Carol inaugurasse sua participação com ele. Deixem comentários, nos contem se também se identificaram e se já ficaram com água na boca, para os próximos textos, assim como eu.
Com vocês: CAROLINA LISBOA:
Acabei
de ler um livro que me fez pensar e lembrar algumas coisas da minha vida. É um
manual muito interessante do que é ser uma fã e de como ser uma fã legal. Me
identifiquei direto com algumas partes porque sou fã... também. Não sei se sou
uma velha nova fã, uma nova velha fã, uma velha fã ou uma fã velha mesmo. Tá,
não sou tão velha assim, mas ter passado dos sessenta...ui, não me faz uma fã
novinha. E depois acho que já tenho pelo menos seis décadas sendo uma fã. Então
estou no lucro. Mas apesar de ser fã desde que nasci...praticamente, e isso
quer dizer uma larga experiência em ser fã, esse livro me mostrou coisas que
nunca tinham passado pela minha cabeça. Não vou dizer o que... kkkkk... você
vai descobrir, quando ler, o que vai passar pela sua cabeça uma vez que o que
passou pela minha é meu. Brincadeira...rs! Vou contar tudinho pra você.
Eu me identifiquei muito, muito com este texto e por isso pedi que a Carol inaugurasse sua participação com ele. Deixem comentários, nos contem se também se identificaram e se já ficaram com água na boca, para os próximos textos, assim como eu.
Com vocês: CAROLINA LISBOA:
O livro
fala do porque gostamos de histórias e da nossa relação com o livro e até aí
tudo certo. Mas não são só os livros e este fala disso também. Agora, a jornada
do fã foi uma revelação. Nunca tinha lido nada sobre isso. De cada capítulo
pude tirar lembranças das quais nunca parei direito pra pensar. Sabe,
costumamos ser fãs de um monte de coisas, mas nem sequer a gente se dá conta disso.
E foi nesse ultimo capítulo que absorvi o livro todo. O surgimento e a
trajetória de uma fã de verdade. Obrigada! Esse livro me deu umas dicas legais
pra observar daqui em diante e me fez pensar no que é ser fã. E é bizarro, às
vezes surreal, incrível, legal. É DEMAIS!
Acho
que já nasci fã. Meu primeiro ídolo era um boneco. Ele era grande, um bebezão
quase do meu tamanho e o nome dele era Didu. Era não, porque ainda o tenho
guardado no armário. Tá certo, numa parte remota do armário, como o meu
passado. Ele era uma paixão e eu o levava pra tudo que é lado, quer dizer o
arrastava, porque ele era graaaande, na verdade, enorme pra mim. Depois me
apaixonei por uma boneca linda. O nome dela era Broto. Essa, “era” mesmo porque
já doei. Ela era alta, para os moldes de uma boneca. Eu sempre fui baixinha,
he,he! E andava quando segurávamos as mãos dela. Era loura, eu sou morena, ou
era antes dos cabelos embranquecerem. Só pra deixar claro: nunca quis ser
loura, sempre gostei dos meus cabelos castanhos. Ok, gostava em termos, eu
preferiria, na época, que eles fossem lisos como os da minha boneca. Lisos,
muito lisos, cheios e longos. Os meus eram encaracolados, cachos rebeldes e
difíceis de manter no lugar. Eu me daria bem como dama antiga nos anos mil
oitocentos e alguma coisa (talvez Ian Clarke gostasse dos meus cabelos) ... Mas
minha mãe, muito prática, cortava minhas madeixas cacheadas porque trabalhava
pra caramba e não tinha tempo de ficar arrumando meus caracóis. Apenas pra
elucidar, minha irmã, um tico mais nova do que eu, tem os cabelos tão lisos que
não para nem grampo... ironia...rs! Mamãe cortava os cabelos dela também, “joãozinho”,
moda na época. Só que minha irmã ficava com o cabelinho lindamente assentado
enquanto que o meu... ai, parecia uma erupção de cachos.
Bom, eu
amava minhas bonecas, elas eram lindas. Nosso quarto..., sim eu dormia com
minha irmã. Depois te conto as desventuras de dormir no mesmo cômodo com uma
irmã que só tem em comum com você o amor mutuo e os mesmo pais. Nossas camas
ficavam uma de cada lado com uma larga cômoda no meio. E sobre ela ficava uma
prateleira dividida irmãmente ente nós duas. Minhas bonecas estavam sempre
lindas, arrumadas e penteadas com esmero... uma breve referencia que contraria
o que era o meu cabelo, lembra? Eu era realmente fã das minhas bonecas. Eu as
penteava, cuidava delas como preciosidades que eram. Dava-lhes todo o meu
carinho. E as colocava de volta na prateleira como um conjunto virtuoso de
pequenas meninas bonitas. Essa era a minha parte da prateleira. Em
contrapartida as bonecas da minha irmã pareciam mais um filme de terror. Ela
brincava com elas sim, bastante, mas também furava seus olhos, arrancava-lhes
os cabelos e as pintava com canetinhas, tatuando-as definitivamente, o que
fazia parecer uma visão do caos. O lado da minha irmã, na dita prateleira, era
o apocalipse. O mais engraçado disso é que nossas personalidades eram
completamente opostas. A da minha irmã era um poço de virtudes: bonita,
quietinha, obediente e a minha... bom era como um filme de terror, para ser
exata. Tudo bem eu não era feia, mas era levada, barulhenta, bagunceira, cheia
de atitude e tocava o terror com minha mãe. Tenho uma leve ideia de como deve
ter sido difícil me educar. Eu era uma rebelde...rs e ainda sou pra algumas coisas.
A maturidade nos mostra que às vezes... é melhor deixar quieto. Minha mãe
dizia, quando meu filho nasceu, que eu deveria ter tido um filho como eu...
entendeu, né... pra eu ver o que é bom pra tosse... cof, cof! Graças a Deus meu
rebento sempre foi quietinho, calado, tímido... em nada parecido comigo...
tenho todo trabalho e ele sai a cara do pai... pelo menos uma coisa ele puxou
de mim... a inteligência, porque a modéstia ele não puxou não... kkkkk...!
Crescendo
um pouquinho fiquei fã da televisão. Eu cabia dentro da caixa da nossa
primeira. Era gigante, não pela tela, mas pelo móvel, uma vez que era de tubo,
um trambolho. LCD...maravilha!.Eu amava a TV porque nela eu podia assistir tudo
que eu amava, em preto e branco, apesar de na minha cabeça tudo ser colorido.
Eu era fã do “Teatrinho Troll” que passava nas preguiçosas tardes de domingo,
encenando contos infantis que faziam minha imaginação voar. Era fã das
tardes/noites com Shirley Temple em que ela nos contava as histórias dos contos
de fada usando vestidos de noite maravilhosos e cheios de brilho. Ela era uma
mulher linda. Mais tarde me vi fã de “Tia Gladys e Seus Bichinhos”, “Rin
TinTin”, “Bonanza” e “Papai Sabe Tudo”, uma das minhas primeiras séries. Era a
história do dia a dia de uma família divertida com suas aventuras e dramas como
a de qualquer um. E nessa época veio também o cinema e aí cai de paixão mesmo.
Comecei com a Disney, “ Branca de Neve”, e nunca mais parei... até hoje. “A
Bela Adormecida” de Aurora e Felipe era e é minha história da Disney favorita.
Mas pra ser sincera de verdade, minha vidração era a Malévola. Demais! A bruxa
perfeita! Sou fã número um.
Aliás,
o cinema é um capítulo à parte porque também me trouxe ídolos e filmes
inesquecíveis. Alguns originários de livros que li e amei, outros de roteiros
inéditos. Virei fã de vez de “Romeu e Julieta” (de Zeffirelli) “Titanic”,
“Senhor dos Anéis”, “Harry Potter” e muitos, muitos, muitos outros.
Voltando
a minha infância, uns anos mais tarde na TV, vieram a “Feiticeira” e “Jeannie É
Um Gênio”. E aí me peguei querendo fazer mágicas com o mexer do nariz.
Elizabeth Montgomery era uma paixão. Eu a adorava. Tá, ela era loura, de novo.
Com isso eu não me identificava nem um pouco, mas ela tinha uma prima maluca...
e morena, que eu achava o máximo. O nome dela era Serena. Da pá virada, como se
dizia antigamente. Vi todas as temporadas que passou aqui e depois... bendito
you tube... internet... DVDs... acho que vi tudo.
Aí
chegou a adolescência e com ela vieram outras séries igualmente idolatradas. “O
Tunel do Tempo”, “Terra de Gigantes”,”Missão Impossível”, “O Agentes da UNCLE”,
“Mod Squad”, “McGyver”... tantas. Mas a mais deliciosa pra mim foi “A Familia
Dó Ré Mi”. Gente, me apaixonei de tal modo pelo Keith Partridge que nunca parei
de seguir o cantor (DC) e até hoje é o meu preferido. Uma paixão recolhida,
rodeada de fotos e tudo que acho sobre ele. Nunca fico satisfeita com o que já
tenho dele e quero sempre mais.
Podia
ficar falando por intermináveis horas, dias, anos, mas não vai dar pra citar
todas as coisas que eu amava, todos os livros, séries, filmes, atores,
cantores, músicos. Só posso te dizer que eu passei literalmente muitas horas do
dia, na década de sessenta e setenta em frente a TV ou com fones gigantes no
ouvido, embevecida com sons, tramas e personagens. Comecei a estudar inglês com
o firme propósito de, um dia, ir aos Estados Unidos ver de mais perto meus
ídolos queridos e comprar o que pudesse sobre eles. Aos dezoito pude viajar
pela primeira vez, graças aos meus pais, e curtir de perto tantas coisas
inesquecíveis. Valeu muito estudar inglês, ler o dicionário que nem doida e
ficar horas ouvindo musica e traduzindo letras.
Ah, mas
não pensem que eu era apenas uma aficionada por filmes e séries. Meus amores,
os livros, estavam sempre em primeiro lugar. Desde os contos de fadas a
Shakespeare, Jane Austen, Irmãs Brontë, Dickens, Agatha Christie, Bella Andre,
Julia Quinn, Carina Rissi... ahhh... tantos autores maravilhosos. Se eu fosse
colocar o nome de todos, isso aqui ia ficar enooooorme!
Sou uma
romântica incurável e os romances, claro, são meus preferidos. Me apaixono
pelos personagens, sorrio, gargalho, sofro, choro, me descabelo, cheia de
cachos porque parei de brigar com meu cabelo. Fico louca quando um livro acaba,
mas não acaba, e tenho que ficar esperando que o autor/autora acabe de escrever
e lance a continuação. Fico tão ansiosa de saber se vai dar tudo certo que às
vezes me pego lendo o final do livro só pra não ficar arrasada, como já
aconteceu com alguns que li e que me dei de presente não ler mais. Adoro finais
felizes! De verdade, amo mesmo. Sou uma otimista nata e na idade em que estou
quero alegria. Me poupar ao máximo de sofrimento. Porque gente, eu sofro demais
com alguns livros. E somos todos masoquistas porque os lemos e sofremos de novo
e de novo. Mas também nos regozijamos com os finais deliciosamente felizes. Ao
menos eu sou assim. Já foi tempo que eu lia de tudo. Agora não mais. Só leio o
que eu gosto, o que apesar da dor momentânea às vezes, o fim é belo e sempre
feliz. Sou positiva, sempre o mais (+). Mais amor, mais alegria, mais romance,
mais aventura, mais sexo sim, porque não? Sou do up! E quer coisa melhor do que
ficar por cima, nas nuvens, voando na imaginação Quer coisa melhor do que
sonhar e fazer o que você gosta? Ler um bom livro, ver seu filme predileto, sua
série querida, ouvir sua musica, sua banda favorita. É bom demais! Como todo
mundo, também sou fã disso tudo.
Por fim
ainda sou fã de estar com minha família e meus amigos porque sou fã deles também
e isso, posso ter de graça, não tem preço.
A vida
nos ensina muita coisa. E tudo de que somos fã nos fazem ser quem a gente é.
Não é só genética, não. Tudo que sentimos, vivemos, experimentamos, percebemos
nos faz aprender a nos conhecer, nos faz ser o que somos. E o que eu sou é fã.
Fã da alegria, do sorriso, da amizade, do companheirismo, das experiências, das
coisas materiais que amamos, de livros, filmes, séries, pessoas, das coisas que
estão em nosso coração e não podemos tocar, de tudo dentro de nós, de tudo que
podemos sentir. Sou fã do amor, fã da vida.
Esse
livro ou talvez este texto faça você pensar sobre isso também. Legal! Valeu!
Bjs
Carolina
Lisboa
Olá Cinthia,
ResponderExcluirMeu nome é Cora. Encontrei seu blog por acaso, pois amo ler !
Parabéns,é um espaço maravilhoso, com dicas literárias excelentes.
Adorei o texto da Carolina. Ele realmente faz a gente pensar no que é ser um fã. Li cada linha como se estivesse conversando com ela, é incrível!
Também me identifiquei com muitos ídolos que ela colocou na foto, principalmente Romeu & Julieta e a Família Dó Ré Mi. Amei tudo!
Espero ver mais textos assim em teu Blog. E parabéns a Carolina Lisboa!!
Abraços,
Cora :)
Oi Cora, muito obrigada por visitar e gostar do blog.
ExcluirEu também achei o texto da Carolina muito bom... e já estou aguardando mais.
beijos!
já fiquei fã, ansiosa pelos próximos textos :)
ResponderExcluirIsso mesmo, Isa! Ansiosa pelos próximos textos.
ExcluirBeijos
Olá! Adorei o texto da Carolina Lisboa. Me identifiquei e voltei ao passado com sua narrativa. Fiquei fã! Vou aguardar o próximo texto. Obrigada pela iniciativa. Até breve.
ResponderExcluirOlá Maria Freitas, também gostei da ideia dos textos da Carolina para variar... não só das minhas palavras, mas também de resenhas que são o que geralmente faço. É legal ver como cada pessoa escreve e sente as coisas.
ExcluirBeijos.
Olá! Adorei o texto da Carolina Lisboa. Me identifiquei e voltei ao passado com sua narrativa. Fiquei fã! Vou aguardar o próximo texto. Obrigada pela iniciativa. Até breve.
ResponderExcluirMuito bom texto!!!Parabéns Carolina Lisboa��������
ResponderExcluirOi Maria Antonia, que bom que gostou do texto da Carolina! Estamos aguardando mais...
ExcluirBeijos
Adorei o texto da Carolina Lisboa. Agora sei,que sem sombra de dúvidas, me encaixo na categoria de FÃ ! Viajei no tempo lembrando das séries deliciosas que ela citou,em especial The Partridge Family (Família Do re mi). Aguardo ansiosa seu próximo texto,que no próximo eu sonhe e viaje mais ainda.
ResponderExcluirExatamente o que eu senti, Aline, com o texto da Carolina, uma viagem no tempo... e por isso tenho certeza que os próximos textos e livros (quem sabe logo) serão maravilhosos!!!!
ExcluirVamos aguardar!
Beijos.
Adorei o texto da Carolina Lisboa. Agora sei,que sem sombra de dúvidas, me encaixo na categoria de FÃ ! Viajei no tempo lembrando das séries deliciosas que ela citou,em especial The Partridge Family (Família Do re mi). Aguardo ansiosa seu próximo texto,que no próximo eu sonhe e viaje mais ainda.
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