A capa é deliciosa, a começar pelo bolo 'Veludo Vermelho' que faz parte da história e pelo acabamento emborrachado, adoro o toque aveludado deste papel...
Sinopse
Minhas impressões
"O que o conduziu aos seus próprios questionamentos: Por que foi necessário o medo para movê-lo? Por que é necessário que se instale o caos para que percebamos exatamente o que precisamos fazer?
(...)
- Esta casa - disse ele - testemunhará o amor. Esta casa testemunhará tudo." pag 14/15
"Um casal pode permanecer junto pelos motivos errados tanto tempo quanto pelos certos, e quem pode dizer que será mais ou menos feliz desse ou daquele jeito? Por causa de uma tempestade, por causa dos braços que ela manteve abertos... Champ sabe apenas que a parte importante é decidir permanecer. De novo e de novo. E, nos dias em que não conseguir tomar essa decisão, evitar decidir algo diferente disso." pag 286
Gwin e Thomas, após 35 anos de casados, estão se separando... os motivos vão sendo narrados durante o livro, vamos descobrindo que todo casamento, por mais perfeito que possa parecer tem suas dificuldades, rotinas, problemas com a criação dos filhos, problemas financeiros, traições ou tantos outros... e o que faz um casal tomar a decisão de se separar? E fazer uma festa para comemorar e relembrar os bons momentos?
"E ele ri. Ela tenta não fazê-lo. Morde o interior do lábio e tenta não rir também. Essa é a parte dolorosa. O amor não nos deixa. Não todo de uma vez. Ele volta furtivamente, faz com que se pense que pode haver um outro caminho, que ainda pode ser diferente, e nos obriga a lembrar as razões pelas quais provavelmente não haverá." pag 72
Maggie e Nate moram juntos, estão montando um restaurante juntos, e mesmo após 18 meses juntos, só agora ela irá conhecer os pais dele... justamente no dia da 'Festa de divórcio' deles, mas algumas coisas acontecem, e a deixam insegura quanto ao seu presente e principalmente quanto ao futuro dos dois juntos.
"Talvez ela não esteja pronta.
Maggie volta o olhar para a casas-parque-nacional diante dela, para suas colunas que parecem postes de sinalização direcionando para um mundo que ela não deseja verdadeiramente visitar. A imensa varanda coberta soa como uma promessa de algo, mas algo que ela não está preparada para conhecer.
- Sei como ela se sente - diz Maggie, conforme eles entram." pag 91
Como em toda família Thomas e Gwin e seus filhos Nate e Georgia (grávida, e afastada do namorado, por ele estar em turnê) têm problemas de comunicação, de entendimento e alguns se sobrecarregam em detrimento de tentar fazer o melhor para a familia... e outros vão 'escondendo' sentimmentos, ou preferem não falar sobre eles...
"- O que me incomoda é que minha mãe fazia isso sem sequer se dar conta. Ela nunca foi boa em preservar seu próprio espaço, priorizar as próprias necessidades, mas nunca teve problemas em dizer 'seu pai precisa de um tempo'. Como se fosse função dela fazer com que nós o compreendêssemos. Não dele." pag 149
E quando os problemas aparecem ou 'transbordam o copo'... fica complicado às vezes entender ou consertá-los ou mesmo compreendê-los.
"- Acho que eu apenas compreendo essa atitude essa atitude. Todo mundo quer isso, não é mesmo? Uma chance de se renovar, de não ser a pessoa que fomos e preferíamos não ter sido. O problema é que quanto mais rápido se foge de algo, mais brutalmente isso nos atinge quando nos alcança de novo." pag 216
Há uma conversa entre Gwin e Maggie no final do livro que é tocante e ajuda, não apenas Maggie quanto a própria Gwin... e quem sabe os leitores...
"- Quem sou eu para saber? Mas andei pensando muito hoje e, se lhe interessa saber, eu acredito que há formas diferentes de se ter problemas. Há modos diferentes de ficarmos confusos sobre como alguém nos decepcionou. Meu marido mentiu sobre o futuro porque ele queria esquecer o passado. Mas Nate mentiu sobre o passado porque pensou que isso daria a vocês dois um futuro. Não confunda as duas formas." pag 271
No final do livro Maggie descobre uma inscrição da letra de uma música, colocada pelo avó de Nate, Champ, com a intenção de ser um presente de casamento para o filho e a nora, ou para outra pessoa...
"- Mas não vamos contar para eles que está aí?
- Não - responde Champ. - Eles vão encontrar um dia. Ou alguém vai.
Ela sorri.
- Como um segundo presente.
- Como uma benção." pag 288/289
Ouça a música:
A letra é linda e é um presente/benção para os casais da família, assim como pode ser para tantos outros casais que lerem este livro.
Gostei muito deste livro!!!!
Achei legal do livro contar a mais de uma história, e por tratar de relacionamentos familiares. Parece ser um livro lindo! Com certeza entrou pra minha listinha :)
ResponderExcluirEstava curiosa para saber mais sobre o livro mas apostei que seria mais “engraçado” e não reflexivo, até pela capa mesmo que nos remete à uma festa e tal… Parece ser uma história inusitada e divertida, mas ao mesmo tempo, reflexiva e interessante.
ResponderExcluirGosto quando o tema são relacionamentos amorosos adultos, e não adolescentes.
Bjss
A capa dele me encantou desde a primeira vez que vi, e eu tinha certeza que era um chick lit ( eu adoro esse genero de leitura, é sem dúvida um dos meus favoritos)! Mas lendo a resenha, realmente é mais que uma historia fofinha, parece uma historia com lições de vida a serem aprendidas! Pena os livros da Bertrand serem sempre tão caros, senão já tinha comprado esse! Adorei a resenha! :)
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