Este livrinho foi lançado próximo ao Dia das Mães... mas eu e minha vida enrolada... só consegui lê-lo agora... mas o presente foi tão ou até mais amado agora. Sim, um presente, é isso que este livro foi para mim e será para mães que terão o prazer de lê-lo e se emocionar e se identificar com a história.
"Oh, meu bebê... Eu costumava ser a responsável por estabelecer os limites de seu mundo. Agora você está em um rumo que a leva além dos limites e para longe de mim. Sempre vou adorar qualquer tempo que passemos juntas. Sempre. Mas você nunca será de novo meu bebê." pag 230/231
Sinopse
Minhas impressões
Sabe aqueles livros que te tocam muito, e que talvez seja pelo momento que você está passando... eu,
"Molly tem sido o foco principal de cada dia de minha vida durante os últimos 18 anos. Depois de ser mãe em tempo integral por tanto tempo, sou forçada a abrir mão desse papel. Agora, subitamente, um vazio se abre.
'Controle-se', digo a mim mesma. Tenho muito pelo que ser grata, tenho uma vida preciosa, plena. Saúde, um marido, um lar. E muito ainda por fazer. É errado ficar choramingando, transformando isso em uma tragédia. Qual é o problema comigo?" pag 24/25
Este livro é uma poesia de detalhes, uma colcha de retalhos, um quilt, um carinho de amor á família e às mulheres que se dedicam aos filhos, mesmo que em alguns momentos da caminhada que é criar um filho, uma família, nós nos sintamos cansadas, desesperadas e até mesmo sem entender porque fizemos esta escolha... e em alguns momentos nos perguntemos se estamos fazendo certo, se nossos erros serão relevados e ao final da longa jornada estaremos realizados e nossos filhos felizes, como sempre queremos.
"Quero que Molly seja ela mesma. É isso o que deve fazer. Essa é a progressão natural das coisas. Dan e eu lhe demos tudo o que podíamos dar. Agora está na hora de ela voar, de encontrar o próprio lugar no mundo. Penso em todas as coisas que minha filha está prestes a experimentar. Coisas que vão deixá-la feliz e outras que vão partir seu coração. Experiências que vão fazê-la rir, chorar, exultar, ficar com raiva. Gostaria de poder protegê-la das partes duras, mas sei que não posso. E, para dizer a verdade, não devo." pag 266/267
Linda e Molly, sua filha, vão atravessar juntas, por uma semana, o país de Oeste para Leste, em uma viagem de carro para o novo, porém desconhecido futuro... e precisam lidar com as suas próprias inseguranças e sentimentos conflitantes. O livro é narrado por Linda, e conseguimos sentir seus conflitos.
"Lá, na mesma cidade que Molly está sendo forçada a abandonar, encontrei toda a felicidade da vida. E se eu estiver roubando dela a chance de fazer o mesmo?
E por que espero que os sonhos dela sejam maiores que os meus jamais foram? O que é isso que tanto quero para ela e que jamais quis para mim?
Sinto as dúvidas me assaltarem. Molly liga a seta." pag 208
Enquanto elas viajam, na maioria das vezes com Molly ao volante, Linda, que adora costurar, fazer quilts, está preparando, à mão, um quilt, que será o presente de despedida à Molly... uma colcha de retalhos, com pedaços, significantes, de tecidos de diversas roupas de Molly, de Linda e até mesmo de Dan, o pai... que tem um papel fundamental na história, apesar de não estar fisicamente na estrada com Linda e Molly.
"Há muito poucas pessoas com quem se pode falar sem palavras, e o fato de minha filha sempre ter sido uma dessas pessoas não tem preço.
Agarro-me a esse momento, porque aprendi há muito tempo que a felicidade não é um longo e permanente estado de ser. Assim como a própria vida, a felicidade é feita de momentos. Alguns são passageiros, feitos para não durar mais do que o tempo de uma linda música. Mesmo assim, a soma de todos esses momentos pode criar um calor capaz de nos sustentar." pag 132
Eu não vou dizer muito mais sobre o livro, vou apenas dizer, que pode ser que outras pessoas não gostem dele tanto quanto eu... vi algumas pontuações de 3 'estrelas' no Goodreads, mas acho que é exatamente por afinidade... uma pessoa que não seja mãe, que não tenha sentimentos conflitantes e culpados, como só nós mães sentimos tantas vezes na vida, não poderão entender os verdadeiros sentimentos deste livro. E eu, assim como Linda, adoro um trabalho manual (estou até precisando voltar para os meus, eu já bordei, já costurei, já tricotei, já fiz crochê, mas atualmente, ando apenas lendo).
Sempre achei linda a capa desse livro. Interessei pelo livro, a parte de você dizer sobre sentimentos conflitantes e culpados. Acredito, por curiosidade gostaria muito de lê-lo.
ResponderExcluirAcredito no você falou que nem todos vão ter afinidade por esse livro. Isso porque uma vez, uma professora do ensino médio me falou quando acabou de dar a luz a uma filha que existem certos sentimentos e instintos em relação a maternidade que surgem somente quando se tem um filho e acho que só quem tem esses sentimentos ou os entendem que vai conseguir amar esse livro.
ResponderExcluirCinthia, vc disse tudo a respeito da maternidade, tem coisas que só quem é mãe, e tem o dom pra exercer essa função é capaz de compreender, é capaz de sentir. Achei essa resenha puro amor e sentimento, fiquei me imaginando também com minha filha (que está com 13 anos agora) e por tanta coisa que já passamos juntas é tanto amor que sinto que não dá pra explicar. Eu sinceramente não sabia que esse livro fosse assim, mas agora que sei, é com certeza mais um que vai entrar pra lista de desejados! Linda resenha! :)
ResponderExcluirAcho lindo enredos que envolvem amor de mãe, ainda não sou uma rs mas tenho admiração pelo amor incondicional que uma maternidade traz na vida de uma mulher. E como parece ser um livro tocante sei que vou gostar de ler. Valeu pela dica.
ResponderExcluirBeijos
Esse enredo me fez desde o dia das mães querer dar de presente pra minha mãe ler nas férias, que é quando temos uma pausa dos trabalhos(ela borda também e esse é o trabalho dela), e acredito nessa afinidade que você citou e por isso acho que não seria tão o meu gosto, já que nem filho eu tenho. =p
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