Sinopse
Apesar do livro ser narrado em 1ª pessoa, o que nem sempre me agrada, eu me encantei com a história, que é passada durante um mês de março, iniciando um pouquinho antes, para que saibamos porque Emily vai para a ilha...
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Minhas impressões
Uma história, que tem duas, ou três, que se entrelaçam se interligam e nos conquista desde o primeiro momento. Esther e Elliot... Emily e Jack e um casal literário Jane e Andre, dentro do livro 'Years of Grace', de Margaret Ayer Barnes, que é citado em As Violetas de Março e que me deixou bastante curiosa, por ele (o livro) ser não apenas um 'personagem' importante do livro, quanto ser tão importante para Emily e Esther.
Emily Taylor é uma autora best seller, que fez e fqz muito sucesso com seu livro de estreia ' Chamando Ali Larson ' e que está em um bloqueio literário, desde o seu casamento com Joel, que agora chega ao fim.
"Oito anos antes, escrevi um romance que figurou entre os mais vendidos. Oito anos atrás eu estava no topo do mundo." pag 16
Emily está meio perdida, não apenas pelo fim do casamento, mas também pela falta de empatia com o seu tão famoso livro, e por sua falta de criatividade, inspiração... e com a ajuda de sua melhor amiga, Annabelle começa a ver determinadas coisas.
"Ela estava certa. Era uma história muito boa. Havia se tornado um best-seller, pelo amor de Deus. Então, por que eu não conseguia sentir orgulho dele? Por que não me sentia ligada a ele? pag 18
E é quando começa a se recordar da tia-avó, Bee, e da ilha onde passava verões em sua infância e inicio da adolescência... Bainbridge Island, no estado de Washington. E as coincidências são tantas que ao ligar para a tia Bee, dizendo que iria para lá, Bee diz que já tinha mandado um cartão:
"Emily,
A ilha tem toda uma maneira de chamar alguém de volta quando é hora. Venha para casa. Sinto saudades de você, querida.
Com todo meu amor.
Bee" pag 26
Bee, a tia-avó... não entendi muito bem este parentesco... é uma senhorinha, hiper ativa, de 85 anos que mora, a vida inteira, em Bainbridge Island, e que tem uma relação muito mais afetiva com Emily do que sua avó, ou mesmo sua mãe.
"Bee era pouco convencional, de fato. No entanto, havia também algo um pouco desajustado nela. O modo como ela falava demais. Ou então falava muito pouco. O modo como ela era ao mesmo tempo acolhedora e petulante, generosa e egoísta. E, além disso, havia seus segredos. Eu a amava por tê-los." pag 19
Ao chegar à ilha... Emily se encontra com Henry, um vizinho de Bee, e conhece ou reconhece outras pessoas amigas, importantes na vida de Bee, Evelyn. E ainda se reencontra com um antigo namoradinho de verão... Greg.
"Sorri. Seu rosto estava desgastado e enrugado como um velho livro com capa de couro. Mas seus olhos... bem, eles me diziam que, em algum lugar dentro daquelas linhas de expressão residia um homem jovem. " pag 38 (Henry)
"Ao contrário de Bee, em seu jeans e moletom, Evely parecia um modelo de elegância. (...) Fazia sentido que fossem melhores amigas. Gostei dela imediatamente.
- Espere, eu me lembro de você! - exclamei de repente." pag 55 (Evelyn)
"Mesmo assim, Greg, com a mesma aparência de bom menino e olhos cinza-azulados, exatamente da cor do estuário em um dia de tempestade, estava me fazendo sentir tão bem quanto ele parecia estar." pag 51 (Greg)
Além destes encontros acima... pessoas importantes para Emily... mas é o que ela encontra no seu quarto, na gaveta da mesa de cabeceira, que a ajuda a se encontrar... e se curar.
"Era um diário, pelo que parecia. Peguei-o e passei a mão ao longo da lombada. Ele era velho, e sua intrigante capa vermelha de veludo parecia gasta e puída.
(...)
As palavras na página seguinte, escritas na caligrafia mais bonita que eu já havia contemplado, fizeram meu coração se acelerar. 'A História de o Que Aconteceu em uma Pequena Cidade Insular em 1943'" pag 46
Ela só conta a Evelyn sobre o diário... que não conta quem é Esther, a autora do diário... e Emily vai descobrindo aos poucos... na realidade apenas no final ela realmente descobre tudo.
"- Você ainda está lendo o diário?
- Sim - confirmei. - Mal posso guardá-lo.
Ela espiou a passarela para ver se Bee estava voltando.
- Nós não temos muito tempo - disse. - Não vou ficar por aqui por muito mais tempo. Mas preciso que você saiba de uma coisa: essa história que você está lendo guarda muitos segredos... segredos que podem muda a vida hoje. Sua. De sua tia. Dos outros." pag 115
Ao se encontrar e conhecer Jack Evanston, ela vai vivenciando um sentimento profundo e intrigante, que junto da história do diário (que parece tão intrigante e coincidente) Emily vai se encontrando e descobrindo segredos que ela nem sonhava existir e que a fazem compreender tantas coisas. Jack é um homem encantador, um artista, que mora perto de Bee e Henry, mas que ela não conheceu quando jovem... por algum mistério, mais um segredo a ser descoberto na ilha.
"Observei da sala de estar quando ele abriu a porta e recebeu um homem de cabelos escuros próximo da minha idade. Ele era alto, tão alto que precisou se abaixar um pouco quando entrou na casa. Usava calça jeans e um suéter de lã cinza, e embora ainda estivéssemos apenas na metade da manhã, a pálida sombra visível em seu queixo insinuava o fato de que ele ainda não havia se barbeado, ou se banhado." pag 40
Jack vai conquistando Emily, e vice-versa...
"Olhei para Jack, e, dessa vez, realmente olhei para ele, no fundo de seus olhos. Ele me puxou para perto e me beijou. Ainda que tudo parecesse em desordem e sem resposta, naquele momento, eu não podia negar o fato de que tudo também parecia certo." pag 170
O Diário de Esther a ajuda não apenas a se encontrar, como a perceber o amor e a ter sua inspiração
Tem uma coisa linda neste livro... uma citação de 'Águas de Março' de Tom Jobim.
"And the riverbank talks of the waters of March / It's the end of all strain, it's the joy in your heart."
"São as águas de março fechando o verão/ É a promessa de vida no teu coração."
Capa original (mais condizente com o título, porque as flores da capa brasileira, apesar de lindas, não são violetas).
"- São violetas-madeira. Não as via na ilha desde...
- Elas são muito raras - prosseguiu Henry, preenchendo o vazio que Bee havia deixado quando sua voz sumiu. - Você não pode plantá-las, pois elas não vão crescer. Elas têm que escolher você.
Os olhos de Bee encontraram os de Henry, e ela sorriu, um sorriso gentil, de perdão. Confortou-me ver aquilo.
- Evelyn tem uma teoria sobre essas flores - Bee disse, fazendo uma pausa, como se puxasse uma lembrança empoeirada de uma prateleira em sua mente, tratando-a com muito cuidado. - Sim... Ela costumava dizer que elas crescem onde são necessárias, que elas sinalizam cura... e esperança. É ridículo, não é, Henry, pensar que as violetas possam saber?" pag 132
Booktrailer (em inglês, pela autora)
Enfim, livro mais que indicado... amei, amei e amei!!!! Quero mais!
Linda resenha, amei as citações!
ResponderExcluirCom certeza um livro que indico para os amigos!
Beijinhos!
Cínthia, bela resenha!
ResponderExcluirLinda, e nela você transmitiu o quanto de sentimentos tem na livro.
Fiquei com vontade de conhecer a história, saber tudo que ela descobre no final...
Adorei essa parte que você escreveu que "O Diário de Esther a ajuda não apenas a se encontrar, como a perceber o amor e a ter sua inspiração" (há algo de terno nisso) e principalmente, adorei a citação de 'Águas de Março'.
Não sei quando irei lê-lo, mas espero que seja breve.
Beijos